segunda-feira, novembro 20, 2006

Espíritos - possessões e lições de vida


É certo dizer que aprendemos algo na vida quando passamos por desafios e dificuldades. É certo dizer também, e às vezes assustador, que algumas coisas, coisas importantes, só aprendemos quando já é tarde.

Ainda não aprendemos em definitivo, mas creio que estamos perto de aprender que estamos destruindo o bem que temos de mais precioso na vida, o nosso planeta. Tem horas em que paro pra pensar até quando conseguiremos viver destruindo o que nos dá vida. Mas uma coisa eu sei, e creio que a maioria também sabe, pois já passou por algo do tipo, só damos o real valor a alguma coisa ou a alguém quando os perdemos. É por isso que redijo este texto, sem segundas intenções, apenas com a intenção de conscientizar o que está bem diante de nós.

Eu gostaria de começar citando uma pequena passagem de minha infância, uma passagem marcante.

Quando eu tinha onze anos tive uma conversa interessante com meu avô paterno. Eu dizia a ele que adorava o universo, e que um dia me tornaria astronauta. Ele sorriu e disse que se era meu sonho então que eu seguisse em frente. Porém, ouvi algo marcante naquele dia, que só hoje consigo refletir de uma forma significativa.
Ele disse:
"...é uma pena que eu não estarei aqui pra ver o homem viajar pra outro planeta, mas mais pena ainda será se você não puder ver isso. E meu neto, não procure outros culpados, a culpa será só nossa. Um dia você vai entender o que digo..."
Continuamos conversando sobre outras coisas.

Hoje eu entendo o que ele quis dizer. E acho que você, leitor, deve estar querendo entender porque estou dizendo tudo isso.
É uma forma de chegar ao ponto principal deste texto. Os espíritos e suas lições de vida.

Como já sabemos, segundo a doutrina espírita, existem tipos distintos de espíritos. Os que mais me facinam, no meu ponto de vista, são os Espíritos Puros, aqueles que servem a um objetivo maior.
Eu me recordo da vez em que fui a uma sessão espírita, queria conhecer melhor essa crença. Um médium ali presente disse que seria "encorporado por um Espírito de Luz" e que passaria uma menssagem para os presentes. O ritual se seguiu por alguns breves minutos e então deu-se início a possessão. O "espírito" dizia se chamar Cavalcante de Almeida, e que tinha uma menssagem importante para algumas pessoas ali.

Me chamou a atenção quando o médium se dirigiu a uma mulher que também assistia ao ritual.
Eu não havia reparado nela antes, mas depois vi que ela chorava muito e em silêncio.
Cavalcante disse:
- Débora, o Bruno está aqui comigo - a mulher se espantou e chorou mais ainda.
- Ele disse que quer ver você feliz, nunca triste, e que sabe o quanto você o ama. Ele disse também que gostaria que você desse todos os brinquedos dele para crianças pobres, ele só pede pra você guardar os desenhos que ele fez.
A mulher chorou como nunca, pessoas a abraçavam e consolavam.

Outras pessoas também foram "auxíliadas" por Cavalcante, ele passava significativas lições para nossas vidas. E disse que mais como ele também faziam isso em outros lugares. A sessão terminou e eu tive a oportunidade de conversar com um integrante do grupo.
Perguntei se aquilo era freqüente e ele disse que sim. E também me explicou que o Cavalcante, como outros espíritos iguais, tinham a tarefa de trazer conforto para o plano físico.
Disse porém, que apesar disso também existiam os espíritos inferiores. Esses dificilmente "encorporam" um sensitivo evoluído. Eles preferem os médiuns iniciantes ou inconscientes de suas condições psíquicas.
O grande mal, disse o membro do grupo, é que os médiuns inexperientes quase sempre "caem na conversa dos espíritos inferiores". Muitas vezes, disse ele, o médium cresce conversando com esses espíritos, acreditando que eles estão sendo guiados por seres bons quando na verdade estão sendo manipulados por eles.

Ele me contou sobre um caso ocorrido alguns anos atrás.
Um garotinho de oito anos foi levado até aquele centro espírita pela mãe, que já não sabia a quem recorrer. Ela o havia levado a psiquiatras e psicólogos, e a resposta foi a mesma, esquizofrenia. Mas a mãe do garoto se recusava a acreditar. Ele me contou que o garoto havia colocado a irmã de 2 anos em uma banheira de água fervendo, resultando em queimaduras por todo o corpo da menina.
Eu perguntei ao Ramalho, o membro do centro com quem eu conversei, porque o garotinho tinha feito aquilo.

Ele me explicou que quando fizeram uma sessão um espírito inferior se manifestou de forma rude. O garoto não estava no local por segurança. Disse Ramalho que esse espírito vinha conversando com o garotinho desde que ele tinha cinco anos, e que se fazia passar por um anjo da guarda. O garotinho chegou a comentar com a mãe sobre esse "anjo", mas ela não deu muita importância. Esse espírito veio a revelar, na sessão, que ele havia convencido o garoto de que a irmã estava doente, e que a única cura seria mergulhá-la em água fervente. Foi então que o garoto fez o que fez.
Ramalho disse que com outras sessões eles conseguiram afastar esse espírito inferior do garoto, e explicaram à mãe que seu filho era sensitivo, e que seria bom se ele fosse acompanhado de perto por eles. Me explicou também que essas entidades fazem isso, na maioria das vezes, por puro prazer.

Depois disso eu nunca mais procurei saber como anda o garoto.
Mas naquela mesma conversa ele me disse que Cavalcante era um espírito de luz que quase sempre estava ali com eles, e que sempre tinha uma lição de vida pra passar. Ramalho me disse também, segundo Cavalcante, o quão importante é que todos os homens do mundo se unam sob um só ideal, o da paz e do amor. E que só viveremos de maneira evoluída no plano físico quando aprendermos a respeitar tudo o que existe nele, tudo mesmo.

Muitas evidências sobre esses seres são postas em cheque, muitos charlatões são desmascarados, porém muitos outros não são. Acho que muita coisa só saberemos depois que morrermos e formos para outros planos de existência, se eles existirem...